Empresários experientes reconhecem a importância de fazer um bom planejamento financeiro empresarial para obter estabilidade e melhorar a rentabilidade dos negócios.
No ano passado, o Brasil registrou quase 4 milhões de empreendedores, um crescimento de quase 20% quando comparado a 2021, de acordo com o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), maior estudo sobre o tema em parceria com o Sebrae.
Embora seja um número expressivo, reflete que o mercado mudou, mas ainda sofre os efeitos da pandemia, como a perda de postos de trabalho, o que tem feito as pessoas migrarem para o empreendedorismo como alternativa para sobreviver.
Um risco dessa migração é o aumento da quantidade de empreendedores de primeira viagem, logo, sem preparo para lidar com a gestão financeira empresarial. Prova disso é outro estudo do Sebrae, divulgado na mídia, que comprovou os seguintes índices:
– 23% das micro e pequenas empresas fecham as portas antes de completar cinco anos de atividade;
– Entre os microempreendedores individuais (MEIs), esse percentual pula para 30%.
É inegável que o cenário atual, em que prevalece a inflação alta, por razões que vão da falta de insumos por conta da pandemia aos efeitos na economia mundial pela guerra na Ucrânia, é extremamente desafiador. Mas justamente por isso é tão importante aprender a montar um eficiente planejamento financeiro empresarial.
Embora seja uma força de trabalho expressiva – a renda desses empreendedores, de acordo com o Atlas dos Pequenos Negócios do Sebrae, é da ordem de R$ 420 bilhões por ano – não é incomum, especialmente entre os MEIs mais inexperientes, misturar as despesas pessoais e as empresariais sem ter uma exata definição das entradas e saídas da empresa. Quando se lida com o ser humano, vale lembrar, nada é exato.
O Sebrae detectou que apenas 1/3 dos MEIs possuem conta empresarial e aproximadamente 10% deles não têm nem conta-corrente. Por isso, é tão importante abrir uma conta-corrente PJ e, claro, administrar corretamente o fluxo financeiro a partir da análise de todos os recursos que entram e saem do caixa da firma.
Infelizmente, muitos empreendedores não estudam seu mercado nem fazem cursos de gestão financeira empresarial. Portanto, por menor que o seu negócio seja, é imprescindível ter esse controle e conhecer os diferenciais do seu negócio.
Ao saber exatamente quanto fatura mensalmente e listar gastos, despesas e receitas, o empreendedor consegue planejar investimentos que podem variar entre a compra de materiais, passando pela contratação de profissionais até projetos de expansão.
Aqui, vale avaliar friamente a forma como você administra suas finanças pessoais. Ao analisar seu perfil, você terá pistas de como será a sua administração empresarial.
Para isso, faça algumas perguntas, como: no fim do mês sobra dinheiro? Consigo pagar minhas contas em dia? Consigo poupar para investir depois? Se a resposta a uma dessas três perguntas básicas for não, fique atento. É um alerta importante para perceber o seu comportamento como empreendedor porque dificilmente um negociante de sucesso tem uma vida financeira pessoal desorganizada.
Embora o nome remeta a algo que parece extremamente complicado, o planejamento financeiro empresarial é relativamente simples. Na verdade, é um conjunto de ferramentas que ajudam a diagnosticar a saúde financeira do seu negócio e a corrigir eventuais falhas.
Para ficar mais claro: vamos tomar como exemplo suas finanças pessoais. Ao saber quanto dinheiro você possui, fica mais fácil planejar e pensar nos gastos com compras e com a reforma da casa, por exemplo. Assim, é possível organizar o seu fluxo financeiro para não faltar dinheiro no fim do mês e usar o que sobrou para economizar.
Com a empresa, funciona praticamente da mesma forma. Quando tem controle do fluxo de caixa, com exata noção das despesas essenciais, pagamentos a serem realizados e valores que serão recebidos, o empreendedor consegue fazer cortes, rever valores dos produtos e serviços ou mesmo trocar fornecedores, caso esteja deficitário.
A boa notícia é que o empreendedor não precisa fazer tudo isso sozinho. Já existem softwares de planejamento financeiro empresarial que ajudam a colocar ordem nos negócios.
Esses programas permitem a elaboração de planos de gestão financeira empresarial eficientes, sem falar que já existem opções com custo bem acessível no mercado, como Granatum Financeiro, Nibo, Bling, EGestor, alguns possuem versões de teste totalmente gratuitas.
Sua principal vantagem é controlar todo o fluxo de trabalho (financeiro, vendas, estoque, emissão de boleto e nota fiscal eletrônica), dando tranquilidade e segurança para o empreendedor contar com um diagnóstico assertivo sobre o seu negócio.
É possível, sim, desde que o empreendedor siga um roteiro básico de atividades, tais como:
Reconhecer a real situação financeira dos negócios – este é um primeiro passo para tomar coragem e reverter esse jogo com estratégias acertadas;
Montar cenários – do mais otimista ao mais adversário possível, faça exercícios criativos. Isso ajuda a preparar a empresa para qualquer tipo de situação;
Trace um plano de ação – defina bem a direção que o seu negócio deve seguir;
Calcule o valor de produtos e serviços – aprenda a calcular o custo real de um produto ou serviço para que você possa estabelecer o preço de venda. É mais comum do que se imagina empreendedores inexperientes estabelecerem preços de venda que não consideram os custos diretos e indiretos;
Peça ajuda – um consultor pode ajudar você a organizar o seu negócio, caso tenha dificuldades.
Impulsione suas vendas com a recorrência – considere essa possibilidade. Neste caso, uma plataforma como a Cyclopay pode oferecer a gestão completa de suas receitas recorrentes, além de aumentar suas vendas e melhorar seu resultado financeiro.
Um bom planejamento financeiro empresarial, como visto, é essencial não apenas para manter a gestão da empresa sob controle, mas também para fazer ajustes que, em médio e longo prazo, podem evitar que um pequeno entrave ou problema se torne algo muito maior. Por isso, é imprescindível, para o sucesso do seu negócio, refazer o planejamento financeiro empresarial anualmente e rever as metas com frequência. Faça do seu planejamento o seu guia de negócios!
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