No cenário de empréstimos, investimentos e financiamentos, a amortização é um termo amplamente utilizado. Presente no mercado financeiro e com reflexos nas relações de consumo, desperta a curiosidade dos consumidores.
A necessidade de se livrar das dívidas rapidamente, evitar altas taxas de juros e multas e alcançar metas financeiras, torna crucial entender a amortização e suas consequências.
No entanto, esse conhecimento requer uma explicação clara e detalhada para que tanto os profissionais financeiros quanto os devedores possam aplicar esse conceito de forma adequada à sua realidade.
Neste artigo, nosso objetivo hoje é fornecer uma explicação simples e prática sobre a amortização, destacando sua importância no setor financeiro e como pode transformar sua perspectiva e relacionamentos financeiros.
Acompanhe!
A amortização é um conceito crucial no mundo financeiro, especialmente quando se trata de empréstimos, financiamentos e investimentos. Em termos simples, representa o processo de pagamento gradual de uma dívida ao longo do tempo.
Quando você contrai um empréstimo, seja para adquirir um imóvel, um carro ou financiar um projeto, a amortização se torna a base do seu plano de pagamento. Em vez de quitar a dívida em uma única vez, a amortização permite dividir o valor total em parcelas mensais ou periódicas, tornando o pagamento mais acessível e previsível.
Ao fazer pagamentos regulares, você está amortizando a dívida, ou seja, reduzindo o saldo devedor ao longo do tempo. Cada pagamento é composto por uma parte que vai para a redução do valor principal da dívida e outra parte que corresponde aos juros acumulados.
A compreensão do conceito de amortização é essencial para qualquer pessoa que deseje gerenciar suas dívidas de forma eficiente. Ao entender como a amortização funciona, você poderá:
No próximo tópico, exploraremos em mais detalhes como funciona o cálculo de amortização e os seus diferentes métodos. Continue lendo para descobrir como esses métodos podem ser aplicados para ajudar no equilíbrio financeiro de forma mais rápida e eficaz.
Como já explicamos anteriormente, a amortização é baseada na divisão da dívida em parcelas regulares ao longo do tempo. Cada parcela de amortização consiste em duas partes: uma destinada à redução do saldo principal da dívida e outra referente aos juros acumulados.
À medida que você faz os pagamentos mensais, o saldo devedor remanescente diminui e, consequentemente, os juros calculados também são reduzidos. Isso significa que a parte da parcela destinada à amortização do valor principal aumenta gradualmente ao longo do tempo.
Ao seguir esse processo de pagamento mensal, você estará amortizando sua dívida de forma constante e programada. Com o tempo, o saldo devedor será reduzido até que a dívida seja completamente quitada.
É importante ressaltar que existem outros métodos de amortização, que apresentam formas diferentes de calcular os pagamentos e a distribuição dos juros e amortizações. Esses métodos podem ser mais adequados para diferentes situações, e abordaremos isso no próximo tópico.
Agora que você já compreende o funcionamento da amortização, é hora de explorar os diferentes tipos desse processo financeiro. Nesta seção, vamos explorar alguns dos principais tipos de amortização e suas características.
Este conhecimento permitirá que você tome decisões assertivas sobre o gerenciamento das suas dívidas e alcance uma saúde financeira mais sólida. Confira:
A Tabela Price é um dos métodos de amortização mais utilizados, especialmente em financiamentos de longo prazo, como no caso de investimentos em infraestrutura escolar. Essa forma de amortização é caracterizada pelo pagamento de prestações fixas ao longo do período do empréstimo, sendo composta por uma parcela de juros e uma parcela de amortização do capital.
Vamos supor que um gestor financeiro de uma escola deseje obter um empréstimo de R$ 100.000 para realizar uma reforma nas instalações educacionais. O prazo do empréstimo é de 5 anos, com uma taxa de juros anual de 8%. Utilizando a Tabela Price, o gestor poderá calcular o valor das prestações mensais.
O cálculo das prestações é realizado por meio da seguinte fórmula:
Prestação = (Capital x Taxa de Juros) / (1 – (1 + Taxa de Juros)^(-n))
Onde:
Para facilitar a compreensão, vamos converter a taxa de juros anual para taxa mensal, dividindo-a por 12. Portanto, a taxa mensal de juros será de 0,08 / 12 = 0,0067.
Considerando esses valores, o cálculo da prestação mensal seria:
Prestação = (100.000 x 0,0067) / (1 – (1 + 0,0067)^(-5 x 12))
Após efetuar os cálculos, o gestor descobrirá que o valor da prestação mensal é de R$ 2.176,36. Essa será a quantia a ser paga todos os meses durante os 5 anos do empréstimo.
É importante ressaltar que, ao longo do período, a composição das parcelas sofrerá variações. No início, a maior parte da prestação é destinada ao pagamento dos juros, e ao longo do tempo, a proporção destinada à amortização do capital aumenta. Esse sistema permite que a dívida seja amortizada gradualmente, de forma mais suave para o fluxo de caixa da escola.
No SAC, a amortização é constante, o que significa que a mesma quantia é deduzida do saldo devedor a cada período. Dessa forma, as parcelas são calculadas com base no saldo devedor remanescente, acrescidas dos juros referentes ao período.
Vamos utilizar um exemplo para facilitar o entendimento do SAC: imagine que um gestor de academia tenha obtido um empréstimo de R$ 100.000 com uma taxa de juros de 12% ao ano, a ser pago em 12 meses para comprar novas máquinas. Nesse caso, a amortização constante seria de R$ 8.333,33 por mês (R$ 100.000 / 12 meses).
A cada mês, o saldo devedor será reduzido em R$ 8.333,33, e os juros serão calculados com base no saldo devedor remanescente. Por exemplo, no primeiro mês, os juros seriam de 1% (12% ao ano / 12 meses) sobre o saldo devedor de R$ 100.000, totalizando R$ 1.000. Assim, a primeira parcela seria composta por R$ 8.333,33 de amortização e R$ 1.000 de juros, totalizando R$ 9.333,33.
No mês seguinte, o saldo devedor seria de R$ 91.666,67 (R$ 100.000 – R$ 8.333,33), e os juros seriam calculados com base nesse novo saldo. A cada mês, o saldo devedor será reduzido e os juros diminuirão proporcionalmente, enquanto a amortização se mantém constante.
O SAC é uma opção interessante para empreendedores que desejam reduzir o valor total pago em juros ao longo do tempo. As parcelas iniciais são maiores do que na Tabela Price, mas o valor total pago ao final do prazo é menor. Portanto, esse modelo é mais indicado para quem tiver disponibilidade de mais capital no início, ou quiser reduzir seu risco de crédito no final do período, por exemplo quando há mais incertezas e menos previsibilidade de receitas.
Para que a amortização seja eficiente, é essencial que esteja inserida em um planejamento financeiro abrangente. Isso permite ao empreendedor tomar decisões mais informadas sobre:
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